"Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina."
[Tati Bernadi]

“Quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido…”

''Eu sei que sou exatamente o que 98% doshomens não gosta ou não sabe gostar
(apesar de eles nunca me deixarem em paz).
Eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma,dos meus medos.
Basta eu ver um sinal de luz recíproca no final do túnel que mando minhas zilhões de luzes e cego todo o mundo.
Sou demais. Ninguém entende nada. E eles adoram uma sonsa. Adoram. Mas dane-se.
Um dia um louco,direto do planeta dos 2% de homens, vai aparecer. ''
[Tati Bernadi]

"Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo.
Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?"
[Luis Fernando Verrissimo]

"Deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim -
e eu não tenho a menor idéia do que você pensa a respeito, a gente não conversa sobre isso,
só fica fazendo uma linha nada-tem-muita-importância, ou algo assim."

[Caio Fernando Abreu]

"Tô tirando férias, dando um tempo disso…
chega de amar, chega de me doar, chega de me doer."
[Caio Fernando Abreu]

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo - história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, e com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo e te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.
.
[Caio F.]

Sem essa que desamor não dói e apenas a indiferença machuca de verdade. Ainda não encontrei nada pior do que a espera. A espera por um telefonema do cara incrível da noite passada, do resultado do exame de gravidez, da lista de aprovados do vestibular, de um pedido de casamento, de encontrar um rumo, uma carreira, uma vida que te faça feliz. Sempre fui a Senhora Impaciência. Passei a vida inteira sendo a favor de soluções drásticas e de problemas resolvidos na hora, sem essa história de empurrar com a barriga e deixar pro dia seguinte. Não gosto de fazer os outros esperarem minhas decisões, muito menos meus atos. Sempre estou arrumada antes do tempo previsto, chego nos encontros na hora certa e não suporto esperar por ninguém. Se administro meu tempo, porque as pessoas não podem fazer o mesmo?

Não acredito que exista hora certa para se apaixonar, momento certo para engravidar, lugar certo para conhecer a pessoa da sua vida. Sou impaciente demais pra deixar tudo nas mãos do destino. Eu quero e quero agora. Chamem do que quiser, inventem mil nomes e defeitos pra minha maneira de levar a vida. Eu não me importo. Ainda acredito que é melhor estar ligado a mil por hora do que andando a vinte e sendo infeliz. Odeio depender dos outros para ser feliz, mas dificilmente consigo viver sozinha. Não gosto de estar com gente que não sabe o que quer da vida e principalmente, do coração. Eu posso te amar pra sempre se você souber lidar com o que tem nas mãos. Fui criada e educada para a eternidade. Só me entrego pra quem tenho certeza de que amo, só aposto minhas fichas no que realmente acredito.

Não entendo como alguém tem dúvidas se está apaixonado ou não, castigando o outro com a distância e a saudade. É claro, existe saudade boa, saudade gostosa.. dessas de um dia pro outro. Do Eu te amo no pé do ouvido, do cheiro da pessoa amada na sua nuca, dos abraços acolhedores que ninguém tem igual. Mas saudade do beijo, da presença, do calor é a que mais dói. Estava pra nascer quem me tirasse de casa seja na chuva ou no sol, só pra ter algumas poucas horas de felicidade. Quem me fizesse cometer loucuras só pra dormir melhor a noite, realizada e sem qualquer culpa. E é nesse momento que percebo que não sei nada da vida.Conheci pessoas incríveis que me apresentaram o amor em várias intensidades e tamanhos, achei que já tivesse chegado ao meu limite de paixão e dor. E não é que eu estava enganada? Sem esse clichê de que o melhor amor, sexo, beijo ou seja lá o que for, é sempre o último da nossa vida. De jeito nenhum! Ninguém tem aquele beijo, aquelas mãos, aquele coração.

Veja bem, não estou falando de perfeição. Está longe disso. Ele sempre vai morar longe demais e parecer grande demais pra minha vida. Mas ainda assim, vai me fazer sentir uma saudade nunca vista antes e morrer um pouquinho em cada noite que passo sozinha, depois de uma briga. Por ele, deixo meu orgulho de lado, volto atrás e não me sinto boba. E não, se você não está apaixonado na mesma intensidade, não me julgue. Você nunca vai ser capaz de entender e vai dizer que só passo de uma menina perdida que fantasia demais o amor. Ninguém nunca será capaz de entender o bem que ele me faz. Pode não ser o suficiente pra minha família, pros meus amigos e para os caras que acham que mereço coisa melhor. Lá vai: Eu não mereço! Ele é exatamente o meu número. Pode falar o quanto quiser que tudo vai entrar por um ouvido e sair pelo outro. Além de mimada, geniosa e egoísta, também sou teimosa. O segredo da felicidade é não deixar os outros interfirirem no que realmente me faz feliz. Não quero viver com medo, muito menos colocando freio em tudo que sinto e digo. A adrenalina tira meus pés do chão e é desse jeito que eu sou feliz.

Cansei de ser boba .

“Declare guerra a quem finge te amar, declare guerra. A vida anda ruim na aldeia. Chega de passar a mão na cabeça de quem te sacaneia...”



De uns tempos pra cá, muita coisa mudou. Terminei um namoro. Deletei um monte de gente da minha vida. Tudo sem um pingo de remorso. Quem me conhece, sabe que eu nunca fui assim. Sempre dei segundas, terceiras e décimas chances pra todo mundo. Sempre compreendi os erros alheios. Chorei e sofri junto. E passei a mão na cabeça de quem fingia querer o meu bem. Estou mentindo?

A verdade é que, se me analisarem hoje, eu virei outra pessoa. Sou quase a mesma de sempre, mas sinto que não sou mais boazinha. Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distância uma cabecinha ruim. Não aceito mais ser amiga de stalkers, de gente mal resolvida e que me ferra pelas costas. Não tenho raiva de ninguém, mas minha prioridade agora é uma só: eu. Podem me chamar de egoísta, eu aceito. Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa – primeiramente – com a gente. Fiquei amarga? Não mesmo. Agora eu sou prática. Vacilou? A porta está aberta, meu bem. Sem dó nem piedade.

Outro dia uma amiga me disse uma frase que prometi não esquecer: quando o “ajudar ao outro” começa a te prejudicar, chegou a hora de parar. OK. Me desculpem, então, os que larguei à deriva. Salve-se quem puder! (Não é esse o clima?).

É, gente, infelizmente, tudo tem seu limite. A gente nunca vai ajudar alguém que (de alguma maneira) quer te prejudicar. É a mesma coisa que salvar quem está afogando. Se bobear, um abraço. Em um minuto, os dois estarão lá no fundo...

Acho que deveria ser instituído com amigos igual fazemos com namorado. Uma coisa do tipo: querida, vamos terminar... Acho muito digno. E até saudável. Afinal, se quase nada é eterno, quem disse que amizades não podem chegar ao fim?

Eu sempre fui boazinha, admito. Mas... EU FUI. Agora, acreditem ou não, não sou mais. E não vou tolerar ninguém que me faça ter sentimentos que não sejam incríveis. É uma questão de respeito com a minha própria vida. E comigo mesma. Não quero. Não posso. Não vou. E, se insistir, eu vou botar pra quebrar, despejar cada palavra dura, doa a quem doer. Estão com medo? (Eu estaria). Cansei de cobranças, chantagens emocionais, meu coração antes mole ficou forte, imaginem só!... (Me entendem?).

Então pra você que acha que eu sou a mesma boba de sempre (que escuta, releva e põe panos quentes), um aviso: tome cuidado comigo. Porque agora que eu sei o que me é caro, não vou mais deixar barato.

Eu nunca mais o tinha visto. É engraçado como nossas lembranças costumam ser generosas com os nossos lembrados.... E, no entanto, ele é um homem cheio de significados. Só que, ao se materializar na minha frente, virou apenas um estranho, nada mais que isso. Ele comentou alguma coisa sobre estar.... mas eu nem ouvi direito o que ele disse, fiquei olhando pra, sua boca e pensando: eu beijei tantas vezes esses lábios, eu fiquei tantas vezes entre esses braços, trocamos carícias e, passado um tempo, puf: viramos duas pessoas profundamente constrangidas, até mesmo beijar a face um do outro pareceu um gesto forçado....e nunca havia pensado nisso, em como é incômodo estar diante de uma pessoa com quem se trocou emoção intensa e depois cruzar com ele na rua e dizer apenas: tudo bem? [Martha Medeiros]

Carta-desabafo-padrão


Nome da cidade, tanto de tanto de dois mil e tanto.

Nome do destinatário

Envio esta carta porque nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual já estou imune.

A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.

Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro.

Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas.


Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos.

Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana.

Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias.


Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.

Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes.


Adeus, graças a Deus.
Nome do remetente.
P.S.: esta não é mais uma dessas cartas-desabafo.
P.S. do P.S.: esta é uma carta-desabafo-quase-música-de-Adriana-Calcanhoto.

Não, não é amor. É um homem que esconde o menino que precisa de colo. É a mulher que brinca de ser menina enquanto as pontas dos dedos coçam de vontade de tocar o rosto dele.
Mas não, não é amor. É um desejo latente. É uma necessidade pela partilha de corpos que aparece nos horários mais inusitados. É aquilo que se quer tanto, que dá a impressão [ilusória] que se estender a mão, vai conseguir tocar.
São contos trocados, conselhos, nomenclaturas. Ela dele rouba um "cadinho " da inteligência que ele tem e sabe usar, ele talvez se deixe mergulhar no sentimentalismo todo dela. Sabedoria e romance. Salgado com doce, queijo com goiabada. Mas não, nada de Romeu e Julieta. Ninguém morre nessa história. Talvez nem seja uma história. Talvez ainda tenha mais capítulos, um desfecho, um final, um meio. Talvez... mas é bom.
Amor? Não, não é amor! Não tem questionamentos, não tem porquês, cobranças... tem a necessidade da partilha de almas que se identificam, que se trocam, que se sentem, tem a voz que ecoa noite adentro e aquela frase que sempre brilha em qualquer escuro: " A gente não pode se envolver". Não pode e não deve. Mas ela desconfia que de tanto repetir isso, já está completamente envolvida.
O sentir é algo que deve ser apreciado, desejado, até conseguir ser tocado, pra assim ser eternizado. O resto é o que fica do que já foi. Sempre fica alguma coisa. Sempre fica algum cheiro, alguma palavra, algum gosto. Sem esse sentir tudo não passa de nada, conversa fiada, avatar, palavras jogadas no vento e seqüestradas pelo silêncio.
Mas olha só, não é amor. É um desejo que corta o corpo, que sobe pela espinha e se espalha sobre a nuca, perturbando todos os sentidos, pudores desmascarados e palavras ditas na lata, que lidas depois, ruborizam.
Talvez com ele, ela tenha aprendido a tomar uma decisão certa, até aprendeu a votar... Ele aprende que nem sempre dá pra negar um sentir. Aprende que vale muito o que ele mostra que é, só isso. Afinal, não tem pedido de casamento, não tem DR, não tem brigas, não tem ligações no dia seguinte, não tem presente no dia dos namorados. Não tem, porque não é amor.

E onde está escrito que pra ser bom tem que ser amor?

As vezes o amor é morada e o desejo nem é assim tão intenso. O amor e o desejo nem sempre andam de mãos dadas, cada um tem seu próprio coração e respira por si só. E este desejo será consumado, sentido, saboreado, porque assim tem que ser. E será eterno mesmo que dure dois segundos.
É madrugada, pedido de desculpas desnecessário, confissões, risos e dowloads. Sim, dowloads! Coisas que o cérebro salva pra nunca mais perder.

E você ainda pergunta se é amor? Não, não é amor. É combustível. E se for da mesma família, é um primo distante.


"Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, era sacanagem. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor." Divã - Martha Medeiros