Sou de várias cores. Sou primária, sou secundária, sou difícil de se ver; sou berrante como neon. Sou cor, sou colorida, sou corante, coração. Quando tudo vai bem, quando tá tudo azul: azul-paciente; azul de susto; clara e limpída posso ser, como o azul-céu das manhãs de domingo no verão. Às vezes roxa de raiva, excessiva, exaltada, exultante. Tem dias que fico vermelha: de paixão, de vergonha, de ter corrido ou pegar muito sol. Noutros me encontro num mundo cor-de-rosa: parece que tudo vai bem, e o universo conspira a meu favor. E quem nunca ficou cinza? Quando nada parece ter graça, só se sente a tristeza, a saudade e a solidão... Tenho um arco-íris de cores, sentimentos, emoções e sonhos dentro de mim, que se mostra pouco a pouco, muito de cada vez, a cada suspiro e a cada olhar, e se faz essência no mundo ao meu redor.

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